10.2.11

Arte - uma história de formas variadas

A arte existe desde os mais remotos tempos da história da humanidade. Desde as culturas mais primitivas essa forma de linguagem não verbal, encarna as ambições, os sonhos e os valores da cultura. A história da arte não é uma história de evolução do primitivo para o sofisticado, nem do simples para o complexo – mas uma história das formas variadas que a imaginação assumiu na Arte com a função de armazenar, difundir e perpetuar conhecimentos e valores, configurados em relatos míticos e políticos, registrando a mentalidade de uma época.
 A produção artística contemporânea  imagens e formas diversas,  derivada da fotografia, do cinema e da televisão bem com os produtos tecnológicos disponíveis (a animação, intervenções , instalações e outras formas áudio visuais.  O artista sempre procurando uma força positiva na imagem negativa!
Apreciar, adquirir,  dividir novos conhecimentos e a compreensão da vida inserida no momento,  , poetizando o olhar à  uma nova visão no que confere essa dimensão humana no mundo da arte, pois são 25 mil anos de história da arte.
Proporcionando o conhecimento da memória cultural em sua manifestação artística enfocando arte contemporânea num contexto, onde é possível um exercício de auto conhecimento numa linguagem lúdica e investigativa. Como diz o Kandinsk: ...até um botão sujo jogado na lama palpita... O invisível permanece nos olhares..

Integração da arte

... Não somos mais indivíduos, e sim uma espécie, pois a voz da humanidade ressoa em nós...
Esta frase traduz o que sinto ao pensar sobre a arte contemporânea. A arte refugiando em si mesma, para não ser estéril, enquadrando dialeticamente sua contemporaneidade, a cidade, a rua... O ser humano atuando na transformação universal.
Os artistas devolvem para as pessoas o que estas oferecem ao mundo em estado potencial, a agitação atual da humanidade, a arte não se isola mais do homem, não se cala, não evita a realidade social, propõe, interfere, instala, poetiza as mazelas, atitudes e tragédias sócio/culturais. Não se isola ao prazer secreto, o artista cria um simbolismo que só tem sentido, quando se “limpa o olhar”...
A cidade virando uma grande fonte de inspiração, uma galeria ao céu aberto, um poema materializado na arte.
O público já não é público, é a própria arte, um pânico, em que as formas transcendem da medida do normal para a representação poética das imagens, carregadas de solidão, um terreiro secular de que o homem agora começa a se libertar, reintegrando na arte de onde havia sido excluído.
O chão da arte, onde o rótulo tem sentido para o realismo contemporâneo, uma condição vital em suas poéticas, que conduz a uma descoberta cada vez mais completa e profunda da realidade.
A realidade que não é visível e imóvel, mas que continuamente se move se desenvolve, e se transforma em formas ilimitadas do realismo... Numa poética em que as linguagens artísticas operam, descobrem e se manifestam na arte contemporânea, na beleza do colorido, na fantasia, na invenção, na propaganda, vídeos, performances, resíduos industriais aglutinam a matéria, o desespero e o sentimento  humano, um conteúdo para a reflexão...
A certeza humana sendo restaurada, um alerta e um protesto. Quem eu Sou? -  Um instante de comunicação - o público se aproximando da arte, estranhando o realismo mencionado nas obras, que é fundamental para refletir no poder inventivo  e interpretativo do artista, que consegue acumular definições para definir o indefinível. Criando através de um olhar para o mundo, trazendo qualquer coisa, produzindo uma dialética dos problemas políticos/estéticos da nossa época, desejando compreender a totalidade humana. A arte integrada com o seu tempo, no nosso terreiro.